top of page
  • Foto do escritorRita Galindo

A TAL INFELICIDADE

Atualizado: 12 de ago. de 2021



Continuando com a temática mensal sobre felicidade, esta semana irei tratar da infelicidade. Será que é bom sermos felizes o tempo inteiro? Quanto a infelicidade pode ser benéfica para nós?


Atualmente, ser feliz parece ser a grande exigência da sociedade: você DEVE ser feliz. Isso é visto, grandemente, nas transmissões televisivas, propagandas comerciais e redes sociais. As propagandas comerciais, por exemplo, divulgam o quanto seus produtos trarão felicidade para aquele que os comprar: bebidas, carros, supermercados, cosméticos focam na felicidade comprada. Não que seja errado adquirir algo e ter prazer e satisfação com aquilo, mas será que é viável pensar que, num momento triste ou infeliz, comprar tal produto irá proporcionar felicidade? Momentaneamente, talvez sim, mas, por um longo período, deve-se repensar.


Por sua vez, as redes sociais apresentam pessoas felizes, realizadas, plenas. Há casos em que o indivíduo necessita mostrar sua felicidade: atividades, passeios, alimentação, família, amigos, tudo isso exposto como numa vitrine. Porém, toda essa felicidade é real?


Há muito perigo nisto, porque não dá para ser feliz o tempo inteiro, e isso não é, necessariamente, nem ruim e nem prejudicial. A vida de todo ser humano traz momentos felizes e tristes. O equilíbrio entre estes momentos e como lidamos com eles é que fazem a diferença.


Criar expectativas grandiosas, crente de que o resultado esperado é o único que irá se realizar, pode causar grande dor e tristeza quando, no final, aquilo que se quis tanto não se concretizou. Vêm as frustrações e a ideia de que tudo está perdido. A infelicidade reina, causando sofrimento na pessoa. Como lidar com estas frustrações e expectativas é que ajuda a desenhar como será a felicidade. Obviamente, planeja-se alguns passos, prevém-se alguns acontecimentos, organizam-se as atividades e as forças e energia são direcionadas em determinado objetivo, mas com certo controle, afinal, há variáveis que precisam ser levadas em consideração. Devo dizer que a pessoa não precisa ser 100% negativa, tampouco 100% positiva; é considerar aquela velha e conhecida frase “manter os pés no chão”, ou seja, sonhar, planejar e almejar algo, mas resignificando tudo caso não saia como o esperado.


Assim, resignificar e reelaborar aquilo que causou tristeza auxilia no amadurecimento pessoal e na maturidade emocional. Dar sentido novo às adversidades, às frustrações e insatisfação é necessário para se encarar a realidade e encontrar novos caminhos e oportunidades que, por vezes, passam despercebidos. Logo, os componentes da infelicidade também são importantes para nossa saúde e bem-estar emocional, além, é claro, da felicidade. Afinal, ninguém é feliz o tempo inteiro e ninguém é infeliz o tempo todo.


Até a próxima.

 

E aí, gostou da matéria? Achou interessante? Curta o post, acompanhe nas redes sociais e compartilhe para seus amigos, familiares ou pessoas que possam se agradar também.

Vamos, juntos, compartilhar e divulgar saúde mental!

1 visualização

Posts Relacionados

Ver tudo

Comentarios


bottom of page