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  • Foto do escritorRita Galindo

CONHECENDO UM POUCO MAIS SOBRE MINDFULNESS

Atualizado: 8 de ago. de 2021

“A ideia central na literatura sobre mindfulness é que viver sob o comando do piloto automático não permite à pessoa lidar de maneira flexível com os eventos do momento”.


Quero discutir hoje um tema que me tem chamado a atenção e o interesse nas últimas semanas: mindfulness. Acredito que o fato de eu ter interesse crescente pelo assunto, me levou a abordar sobre a temática esta semana e, consequentemente, a pesquisar e ampliar meu olhar e conhecimento sobre o assunto. Espero que o conteúdo possa lhe ajudar também.


Em minhas leituras, encontrei mindfulness sendo definido ou como uma terapia, ou como um conjunto de técnicas, ou como meditação. Eu usarei o termo ‘técnica’ em meu artigo, pois concordo que seja um conjunto destas. Sendo assim, mindfulness é uma técnica que tem sua história – a qual você pode ler mais neste artigo da revista Super Interessante –, mas meu enfoque hoje é trazer sua aplicabilidade no consultório psicoterápico, bem como no dia-a-dia das pessoas interessadas em se perceber melhor e aperfeiçoar sua concentração em seus sentimentos e emoções.


A mente humana tem os mais variados pensamentos: acontecimentos que se passaram e que poderiam ter sido diferentes se fosse feita outra escolha; importantes decisões futuras; o que ‘fulano de tal’ e ‘ciclano da Silva’ estão pensando sobre outa pessoa; se a aparência está agradável para a sociedade; e por aí vai. O problema ocorre quando deixa-se de viver o presente para focar ou no passado, com seus arrependimentos, ou planejando o futuro com muita preocupação.

Killingsworth e Gilbert (2010) realizaram um estudo no qual 46,9% das pessoas alegam gastar seu tempo com pensamentos que não estão em seu controle ou no aqui e agora. Somando-se a isso, Vandenberghe e Sousa (2006) indicam que, com tantas atividades no dia-a-dia, as pessoas não se envolvem emocionalmente com elas, além de fazerem várias coisas ao mesmo tempo. Neste sentido, a “ideia central na literatura sobre mindfulness é que viver sob o comando do piloto automático não permite à pessoa lidar de maneira flexível com os eventos do momento” (VANDENBERGHE; SOUSA, 2006, p. 2).

Kabat-Zinn (1990, apud VANDENBERGHE; SOUSA, 2006) diz que mindfulness é a atenção plena que se concentra no momento presente intencionalmente e sem julgamentos. Assim, é concentrar-se na atividade que se faz, mantendo os pensamentos e a atenção nela e, com isso, se atentar à própria experiência emocional.


Mindfulness pode auxiliar no tratamento de pessoas com ansiedade, depressão e até mesmo TOC, bem como no bem-estar emocional de tantas outras. O site Escola Conquer aponta que esta técnica pode ajudar e elevar o foco para:

  1. Empatia e paciência;

  2. Autocontrole das emoções;

  3. Produtividade;

  4. Meditação;

  5. Eliminação de distrações;

  6. Sentir, verdadeiramente, a si mesmo.

A técnica do mindfulness requer novos de hábitos para que haja mudança de vida. Uma prática ideal para iniciar o mindfulness é focar toda a atenção em sua respiração por, no mínimo, cinco minutos: respirar fundo, inspirando pelo nariz e expirando pela boca; concentrar os pensamentos neste momento, e, caso a mente se desvie, trazê-la de volta; sentir o ar entrando pelos pulmões, as batidas do coração; estar atento a esta experiência. Há possibilidade, também, de praticar no momento de uma refeição: deixar qualquer estímulo externo afastado (celular, televisão, pessoas conversando em volta, etc.) e apreciar o momento, a experiência. É claro que apenas isso não basta, pois, como dito anteriormente, mindfulness é um conjunto de práticas, mas para iniciar, estas duas ideias são interessantes, e pode-se pensar em outras pequenas atividades às quais se pode treinar sua concentração.


Como disse, meu interesse por este assunto tem aumentado, e espero, de coração, que as informações postas aqui possam auxiliar na sua informação, assim como auxiliou na minha.


Um grande abraço e até a próxima.

 

REFERÊNCIAS


KILLINGSWORTH, M. A.; GILBERT, D. T. A wandering mind is an unhappy mind. Science. V. 10, 2010. Disponível em: <http://www.uvm.edu/pdodds/files/papers/others/everything/killingsworth2010a.pdf>. Acesso em 12 ago. 2019.

V

ANDENBERGHE, L.; SOUSA, A. C. A. Mindfulness nas terapias cognitivas e comportamentais. Revista brasileira de terapia cognitiva, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, 2006.

 

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Vamos, juntos, compartilhar e divulgar saúde mental!

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