“A crise existencial é uma busca interior por respostas, um olhar para si mesmo, uma fase autorreflexiva”.
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Como vai, meu querido leitor?
Você, alguma vez, já se perguntou:
“Quem sou eu?”
“Por que eu existo?”
“Qual o sentido da minha vida?”
“Qual a razão do meu viver?”
Se não, prepare-se, pois você se perguntará em algum momento. Se sim, você experienciou ou está experienciando uma crise existencial.
Embora a palavra crise conote algo ruim num primeiro instante, a crise existencial é, na verdade, um ponto de desequilíbrio no qual o indivíduo se resignifica. É uma busca interior por respostas, um olhar para si mesmo, uma fase autorreflexiva. Isso porque o ser humano entende, conhece e compreende muitas coisas, mas não sabe o que o futuro lhe reserva.
Assuntos como a morte, o sentido da vida, o isolamento, a identidade e a liberdade são os principais temas que levam a uma crise existencial. O canal Minutos Psíquicos publicou um vídeo muito interessante sobre isso, e apresenta que, com o surgimento da consciência humana, veio também a inteligência. Combinadas, o ser humano sabe de sua finitude, de suas limitações, de sua realidade diferente dos outros, de sua solitude em meio à multidão. Tudo isso pode gerar angústia e vazio, ou a crise existencial.
As fases do desenvolvimento humano também proporcionam crises existenciais, como indica a psicóloga Petruska Passos Menezes, no canal Portal Infonet. Quando a criança passa da infância para a adolescência, muita coisa ocorre em seu corpo, em sua mente, em sua vida. São responsabilidades que começam a aparecer, mudanças hormonais, preocupações com namoros e conquistas amorosas. Tudo isso gera um ponto de desequilíbrio.
Avançando os anos, uma nova crise pode surgir com a passagem da adolescência para a fase adulta. As pressões são mais acentuadas e as “escolhas erradas” podem martelar na cabeça por muito tempo: a profissão certa, a graduação que deve ser escolhida para o resto da vida, relacionamentos afetivos, procriação, renda, residência, segurança.
É de enlouquecer!
Mas calma. Respire fundo, e vamos continuar.
Crise existencial é o momento que todo ser humano tem para sua transformação. É o momento de autorreflexão, de revisão dos valores e pensamentos, de questionamento das escolhas já feitas e as futuras. É, portanto, a oportunidade de se recriar, de se entender como indivíduo finito, mas responsável por sua própria caminhada; livre, mas limitado; rodeado de pessoas, mas sozinho.
A crise existencial não é algo ruim, não é uma doença ou patologia. Ela proporciona o crescimento pessoal do ser humano: ser pensante, que vive em comunhão com tantos outros seres pensantes e que, juntos, atuam num mesmo espaço de tempo, num mesmo momento da vida. Entretanto, apesar de ser um retiro saudável, há indivíduos com limitações internas que não encontram o caminho para sair sadiamente de sua crise existencial. Nestes casos, para que sua crise não gere patologias, é importante e necessária a ajuda do profissional da Psicologia.
Infelizmente, não existe uma receita pronta para vivenciar as crises existenciais. Cada indivíduo tem um modo diferente de entender e ver o mundo. Suas crises surgem a partir deste entendimento e desta visão. O modo de lidar, de se transformar, de se resignificar, de se auto-compreender dependerão exatamente destes dois aspectos: o seu entendimento e visão de mundo. Sendo assim, as crises existenciais serão diferentes para cada pessoa e em cada pessoa, pois podem surgir em diferentes momentos da vida. As limitações internas pessoais e pré-disposições para doenças como depressão e ansiedade é que devem ser reconhecidas para que a crise não caminhe para um abismo.
Abraços e até a próxima.
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Vamos, juntos, compartilhar e divulgar saúde mental!
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