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  • Foto do escritorRita Galindo

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Atualizado: 3 de ago. de 2021

“A maior e mais importante conquista a ser alcançada é, na minha opinião, a do respeito”.

Bom dia, meu caro leitor.


No próximo dia 08, sexta-feira, o mundo celebra o Dia da Mulher. Porém, embora esta seja uma data conhecida internacionalmente, será que todo mundo celebra, realmente, o Dia da Mulher?


Ao longo da história, o papel da mulher na sociedade sofreu grandes mudanças. Como se sabe, durante muito tempo a mulher foi vista como submissa ao poderio masculino, sendo privada de atividades que, hoje, são tão comuns no nosso dia-a-dia, como trabalhar, votar e, até mesmo, estudar. Como apontam Alves e Pitanguy (1991, apud BORIS; CESÍDIO, 2007, p. 453) “até meados do século XIX, a vida da mulher era administrada conforme os interesses masculinos, sendo envolta de uma aura de castidade e resignação, pois deveria procriar e obedecer às ordens do pai e do marido”. Ou seja, a mulher deveria conter seus desejos, suas opiniões, seus pensamentos, e, porque não, sua própria identidade, personalidade e subjetividade. E se essa era a condição imposta à mulher burguesa, imagine para aquelas à margem da sociedade: escravas e prostitutas, por exemplo.


Essa condição foi tomando outros formatos a partir de revoluções mundiais históricas, tendo seu ápice com a Revolução Feminista, nos Estados Unidos, na década de 1960. Boris e Cesídio (2007) pontuam que, “por conta de lutas e reivindicações de igualdade de direitos com relação ao gênero masculino,[…] a mulher conquistou seu espaço na sociedade […]” (p. 453). Desse modo, no contexto de mudanças sociais globais, a reivindicação pelos direitos da mulher vem acompanhada, também, de um novo olhar para este ser que, até então, era frágil, submisso e sem voz.

A mulher tem conquistado espaços importantes no meio social, político e profissional. Muitas famosas e, mundialmente, conhecidas têm se destacado na luta pelos direitos das mulheres, enquanto tantas outras agem dentro de suas possibilidades para garantir respeito. E, mesmo com tantos movimentos, é grande a parcela de mulheres vítimas de violência, preconceito, discriminação, desigualdade, desrespeito, vistas, ainda, como objetos sexuais.


O modo de pensar de alguns indivíduos continua sendo antigo e ultrapassado para o mundo contemporâneo. Isso se deve, em algum grau, pela maneira com que estes indivíduos foram criados, os exemplos que lhes foram dados, os ensinamentos que lhes foram passados, os limites que não foram regrados, propiciando possíveis pensamentos cristalizados e antiquados que vão contra toda a mudança que o mundo, de um modo geral, e as mulheres têm conquistado.


Seria interessante, é claro, entender o histórico de vida, as vivências e experiências destes indivíduos "antiquados" para que se possa trabalhar uma possível mudança de pensamentos e valores, uma mudança de dentro para fora. No entanto, como são tantos os casos de pessoas que não mostram respeito pelo outro – ainda mais se este "outro" for mulher –, reforçar a estes cidadãos e à sociedade a importância e necessidade de se fazer prevalecer os direitos da mulher tem sido cada vez mais constante. Um exemplo é a criação da ONU Mulheres, a Lei Maria da Penha e redes de apoio organizadas por mulheres para ajudar outras mulheres.

Como se pode ver, embora as mulheres tenham adquirido direitos em diferentes esferas, ainda há muito a se conquistar. A maior e mais importante conquista a ser alcançada é, na minha opinião, a do respeito: algo que, ao mesmo tempo que é tão simples, é tão complexo. Respeito não é coisa que nasce na pessoa da noite para o dia. Muito pelo contrário, necessita, antes de mais nada, exemplos, práticas, empatia. Por isso que, hoje, vemos tantos casos de violência e assédio contra a mulher tomando, cada vez mais, lugar na mídia, nas ruas, nas conversas, para expor as desigualdades que ainda permeiam o mundo feminino. Há muito o que se fazer, mas, também, há muito mais o que se comemorar. Por isso, feliz Dia da Mulher a todas nós: mães, trabalhadoras e profissionais, realizadoras, sonhadoras, conquistadoras, fortes, guerreiras… enfim, mulheres.


Grande abraço e até a próxima.

 

REFERÊNCIA BORIS, G. D. J. B; CESÍDIO, M. H. Mulher, corpo e subjetividade: uma análise desde o patriarcado à contemporaneidade. Mal-estar e subjetividade, 2007, vol. 7, n. 2, p. 451-478.


 

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