Você consegue se lembrar de tudo o que aconteceu com você ao longo da sua vida? Certamente não. Lembramos alguns momentos marcantes, tanto felizes quanto tristes, mas não conseguimos nos lembrar de tudo. Sendo assim, o que você faria se pudesse trazer à tona todas suas lembranças?
É sobre isso que o filme protagonizado por Peter Dinklage, A máquina de lembranças, trata: o resgate das lembranças perdidas. Dirigido por Mark Palansky, o filme de 2017 volta-se para a possibilidade tecnológica de recuperação de lembranças que foram esquecidas.
Como o próprio nome sugere, é criada uma máquina que possibilita gravar em pequenos drives as lembranças guardadas na memória de uma pessoa. Lembranças essas que foram sendo perdidas ao longo do tempo ou que perderam seus detalhes com o passar dos anos. Com isso, Sam Bloom pretende solucionar um caso de assassinato reunindo as lembranças de pacientes experimentais da máquina. A partir deste levantamento de dados, Sam entra em contato com as lembranças delicadas, pessoais e íntimas das pessoas deste grupo, o que provoca nele mesmo a elucidação de lembranças, memórias e desafios. E é nesse ponto que sugiro uma reflexão:
Quanto nossas lembranças podem afetar nossa vida e nosso dia-a-dia?
Quando fala-se em memória, esta refere-se ao armazenamento cerebral de aprendizados, experiências e vivências ao longo de toda a vida. Desde que o indivíduo nasce, sua memória inicia o armazenamento de informações e acontecimentos de sua história. Entretanto, a memória nem sempre guarda TODAS as s experiências e lembranças exatamente como elas são, e por isso tem-se os esquecimentos. Fatos desagradáveis, situações perturbadoras, ocasiões desprazerosas, por vezes são esquecidas. Assim, se fosse possível lembrar de tudo o que acontece seria muito perturbador para o ser humano.
O filme proporciona vários momentos para pensar em como as lembranças e memórias atuam sobre a vida cotidiana. Ao mesmo tempo em que sente-se nostalgia, felicidade e satisfação em momentos importantes, também é necessário o esquecimento de parte destas lembranças exatamente para privar a pessoa de maiores sofrimentos.
Lidar com algumas memórias é bastante difícil e exige muita força. Entretanto, elas precisam ser encaradas de frente para que novas lembranças possam ser armazenadas sem maiores transtornos.
Este drama merece atenção e momentos de profunda reflexão. Apesar de ser um filme de fácil compreensão, sugiro que seja assistido duas vezes para que se atente às várias manifestações da memória, como o indivíduo lida com as lembranças e volte o olhar para si mesmo, refletindo em como suas próprias memórias afetam sua vida.
Bom filme e até a próxima.
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Vamos, juntos, compartilhar e divulgar saúde mental!
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