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  • Foto do escritorRita Galindo

FILME: EQUILIBRIUM

Atualizado: 8 de ago. de 2021



Esta semana, abordei sobre realidade, apontando como nossas percepções erradas da realidade podem afetar nossa vida. Para fazer um link cinematográfico sobre a temática, apresento hoje o filme Equilibrium, de 2003, dirigido por Kurt Wimmer, e protagonizado por Christian Bale.


Imagine que, na virada do século XXI, o mundo já tivesse vivido sua 3ª Guerra Mundial. Para que a humanidade não avançasse para a 4ª Guerra, as pessoas são apresentadas a uma droga injetável que inibe qualquer tipo de emoção e manifestação de sentimentos. Isso porque a crença era que o ser humano, ao manifestar seus sentimentos, se desentende e gera ódio e raiva entre si, levando, inevitavelmente, a guerras. Desta forma, todos os cidadãos são proibidos de se expressar artisticamente, não podem ter animais de estimação ou apreciar a chuva que cai pela janela do quarto, e até mesmo não lhes é permitido decorar a casa ou fazer uso de cores. Ou seja, estão todos privados a uma vida robotizada e sem forma alguma de manifestação de sentimentos.


Para garantir que esse padrão de comportamento seja seguido, os librianos – cidadãos de Líbria – são monitorados paulatinamente pelo exército de “reguladores” da boa ordem. Os chamados sacerdotes são figuras que impõem respeito e medo àqueles que tentam se expressar. John Preston é um sacerdote dedicado, que segue fielmente a crença de que sentimentos humanos são o grande mal do mundo. Ele é responsável pela caça e repressão dos rebeldes, chamados ofensores, que insistem em juntar quadros, discos de música e não tomar as doses diárias da droga. Entretanto, ele se vê cada vez mais envolvido com os ofensores quando, acidentalmente, deixa de tomar sua dose matinal. A partir daí, ele decide não injetar novas doses. A consequência é que ele passa a “sentir” o mundo de outra maneira. Sem tomar a droga, ele tem de reprimir, forçosamente, seus sentimentos para não ser pego pelos librianos.


A ideia central do filme é interessantíssima, pois nos faz pensar como seria nossa vida sem a manifestação de nossas emoções. Enquanto nossas realidades internas são desenvolvidas exatamente por nossas experiências provindas de nossas emoções e vivências interpessoais para “encarar” o mundo real, o filme traz uma ideia um pouco contrária: as pessoas são obrigadas a não criar realidades internas para viver – e sobreviver – na realidade externa. Porém, o uso da droga injetável faz com que os cidadãos deixem de ver essa realidade: o ser humano, como ser social, tem a necessidade de se expressar.


Sugiro o filme como forma de reflexão sobre as realidades, as vivências. O roteiro aborda, também, sobre poder ditatorial e opressor, que podem levar a outras reflexões. É bastante válido, portanto, não somente para diversão, pois é um filme de ação, mas para pensar sobre vivências e manifestações humanas.


Abraços e bom filme.

Trailer original em inglês

 

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