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  • Foto do escritorRita Galindo

LÍDER: SER OU NÃO SER… EIS UMA GRANDE RESPONSABILIDADE

Atualizado: 10 de ago. de 2023

"O olhar empático muda essa visão, sendo o funcionário mais importante do que seu serviço, porque seu líder está preocupado, em primeiro lugar, com ele e não com seu serviço".


Serei direta: você é feliz no seu trabalho? Na sua empresa? Reflita por um instante e, então, continue a leitura.

O artigo que trago é inspirado na apresentação de Simon Sinek, escritor e palestrante motivacional americano, e no artigo de Cândida Aline, que trabalha com treinamento e desenvolvimento na rede Natura.


Boa parte da nossa vida adulta passa-se trabalhando. O trabalho, por si só, é algo necessário e essencial para a saúde mental e bem-estar, pois, quando o indivíduo produz ou trabalha, senti-se útil, capaz, independente, importante, vivo. No entanto, quando esse prazer pesa, é importante parar e avaliar o que não está funcionando mais. Essa avaliação deve ser feita por cada um com autoconhecimento, mas é essencial, também, que as empresas contratantes e empregadores estejam atentos a seus funcionários.


Nas empresas, é muito comum, embora não seja regra, a demasiada importância no trabalho e resultado final dos funcionários, e pouca ou nenhuma atenção para os funcionários em si. Em várias companhias, a confiança e cooperação de todos não estão fortemente presentes, e essas são características essenciais para qualquer relação. Neste sentido, voltam-se os pensamentos sobre os líderes empresariais, sejam eles de grandes instituições ou gerentes de lojas de bairro. Líderes devem – ou deveriam – ser empáticos e possuir uma perspectiva abrangente sobre seus liderados, mas estes pontos são esquecidos e nem lembrados por muitos líderes. Em alguns casos, essas duas características são substituídas pela preocupação do líder com seu próprio status ou posição na empresa. Ou seja, esquecem-se de ser líderes.

Líder não é apenas estar à frente do time, mas, também, cuidar daqueles que estão sob seu comando. No entanto, as pessoas não se dão conta disso. Pior! Nem são treinadas para isso: para serem líderes.


Simon Sinek sugere a seguinte reflexão:

Imagine-se trabalhando numa empresa como junior. Você, provavelmente, irá estudar sobre como trabalhar no cargo, fará cursos e aperfeiçoamentos, e poderá, inclusive, receber treinamentos da própria empresa para fazer um bom serviço. Tudo para você fazer bem o seu serviço. Em determinado momento, você recebe uma promoção para ser responsável por aqueles que, agora, ocupam sua função. Porém, você não recebe treinamento ou dicas para essa nova posição, para ser líder. E aí, o que você faz?


Para Sinek, liderança é uma habilidade, e, como tal, pode ser aprendida e ser praticada. Isso significa dizer que, se o indivíduo que deseja ser verdadeiramente um líder, deve praticar para ser bom e forte nesta posição. Todavia, isso não quer dizer que, porque existe a capacidade de ser líder, qualquer um deve ou quer ser um líder. Atrás dessa liderança verdadeira existe um sacrifício pessoal: a responsabilidade por algo que não funcionou. Afinal, ser líder é ser responsável por quem está sob seu comando, não pelo trabalho dele ou dela. Em outras palavras, ser responsável também pela pessoa e não apenas pelo serviço e entrega desta pessoa.


E esse é o ponto que pode assustar muita gente.


Lembra das características mencionadas mais acima sobre como os líderes devem ser: empáticos e possuir perspectiva? Pois é, pensando sob esta ótica, quando as coisas no serviço correm bem, o líder deve reconhecer e parabenizar a pessoa no seu comando; mas, quando saem errado, o líder deve encorajar seu subordinado a tentar novamente ou de outra maneira, ao invés de diminuir e menosprezar, como diversas vezes acontece.

Em muitas empresas, ouve-se diretores ou gerentes dizendo aquela velha e conhecida frase “O consumidor tem sempre razão”, ou “O cliente é minha prioridade”. Indivíduos nestes cargos são líderes, ou seja, são responsáveis pelas pessoas responsáveis pelo cliente. Portanto, sua prioridade são seus subordinados, são seus liderados.


Simon Sinek, o autor da apresentação no vídeo, relata uma experiência real, vivenciada por ele, em um hotel em Las Vegas. Em uma conversa informal com o barista Noah, que o atendeu fantasticamente bem, ele questiona porque Noah ama seu trabalho. Em resposta, o funcionário do hotel alega que a atenção recebida pelos gerentes o faz se sentir como ele mesmo, e destaca que não apenas o gerente direto dele, mas qualquer gerente do hotel tinha essa mesma preocupação.


Líderes em sua maioria, aparentemente, estão mais preocupados em ter as pessoas certas e demitem aqueles que erram, que não alcançam suas expectativas, que não produzem bem. Parece ser muito mais fácil mandar embora aquele funcionário que não se encaixa, do que assumir sua responsabilidade como líder e praticar a empatia.


Imagine esta outra situação e reflita sobre duas possibilidades: você não desempenha um bom papel pelo terceiro mês consecutivo, tendo baixa em seu rendimento. Seu gerente chega em você e…:

  1. Ameaça-o, afirmando demiti-lo caso você não faça algo para melhorar seu rendimento e produção; ou

  2. Mostra-se preocupado com você e tenta entender como você tem passado dentro e fora da empresa.

Qual das duas situações lhe deixaria mais confortável, humanizado e importante?

Não há como negar que a primeira possibilidade é a mais vista em muitas empresas, pois o que parece importar é o rendimento e o ganho de dinheiro para a companhia, ou seja, o trabalho do funcionário. Como consequência da primeira situação do exemplo acima, o subordinado se sentirá mais pressionado em “mostrar serviço”, aumentando sua ansiedade e estresse; provavelmente, ele não conseguirá mudar este quadro e será demitido. Na segunda possibilidade, no entanto, o olhar empático muda essa visão, sendo o funcionário mais importante do que seu serviço, porque seu líder está preocupado, em primeiro lugar, com ele e não com seu serviço.


Todos – gerentes ou não, subordinados ou não – passam por problemas pessoais que, muitas vezes, podem interferir no desempenho profissional. Dizer que “é preciso separar vida profissional da vida pessoal” nem sempre é tarefa fácil.

 

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Vamos, juntos, compartilhar saúde mental!

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