top of page
  • Foto do escritorRita Galindo

O SENTIMENTO DE CULPA

Atualizado: 8 de ago. de 2021

“O sentimento de culpa é um elemento essencialmente humano, que, dependendo de seu nível e intensidade, pode indicar maturidade pessoal ou patologia”.

A temática desta semana é bastante delicada. Embora o sentimento de culpa seja algo relativamente normal na vida do ser humano, sua ausência ou excesso pode ser indicador de desordem e desequilíbrio mental e emocional.


O dicionário online de português, Dicio, traz o termo culpa como sendo a responsabilidade por uma ação que causa dano ou prejudica uma outra pessoa, além de ser um sentimento doloroso do sujeito que se arrepende de suas ações. A psicóloga Denise Monteiro, no blog Psicologia Viva, apresenta a definição do estudioso Lewis:

“o sentimento de culpa é quando nos julgamos negativamente ao acreditarmos que não conseguimos viver de acordo com os nossos próprios padrões ou padrões impostos pela sociedade” (MONTEIRO, 2019, para. 4).

A parte positiva do sentimento de culpa é a empatia que pode transparecer, ou seja, quando se age de uma maneira e a pessoa se colocando no lugar do outro, percebe-se que este outro não se agradou. A partir desta tomada de consciência, surge o remorso, a vergonha ou a raiva por seu comportamento. Isso, entretanto, não é tão ruim quanto parece, pois sinaliza maturidade e empatia. Assim, pedir desculpas pelo erro sinaliza avanço pessoal e busca de saúde emocional. Porém, há pessoas que não apresentam culpa ou remorso por alguns atos.


O sentimento de culpa deve estar equilibradamente presente na vida do ser humano. Aquele que, por ventura, não o apresenta, pode ter indícios de uma personalidade antissocial. Os chamados psicopatas ou sociopatas são sujeitos que, dentre outras características, podem apresentar “ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado outras pessoas” (APA, 2014, p. 659). Além disso, há sujeitos que, ao invés de assumir ou se responsabilizar por seus erros, culpa o outro, que, por sua vez, pode abraçar esta culpa. Desta maneira, quando o indivíduo se culpa em demasia, pode indicar baixa autoestima e autodepreciação, criando expectativas altas para agradar o outro, procurando ter controle sobre as situações, e se culpando excessivamente quando as coisas não saem como desejadas.


Pessoas com fobias, com TOC, vícios e depressão geralmente apresentam alto grau de sentimento de culpa, o que pode prejudicar seu convívio social e consigo mesmas. Nestes casos, é importante que o indivíduo tenha clareza de que as pessoas não são perfeitas, e que nem ele e nem ninguém estão isentos de cometer erros e falhas.


A idealização da culpa também requer atenção, haja visto que algumas pessoas internalizam culpas que, por vezes, são irracionais, julgando-se indignas e sentindo-se culpadas por um longo e doloroso tempo. Neste sentido, procurar ajuda profissional para lidar com as culpas é um passo importante para quem se percebe em sofrimento, ou que entende que necessita elaborar algumas demandas pessoais.


Como pode-se perceber, o sentimento de culpa é um elemento essencialmente humano, que, dependendo de seu nível e intensidade, pode indicar maturidade pessoal ou patologia. A reflexão saudável de corrigir algo que desagradou ou desagradou ao outro é um passo essencial para o autoconhecimento e a empatia.


Um grande abraço e até a próxima.

 

REFERÊNCIAS


AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.


MONTEIRO, D. Você sabe lidar com o sentimento de culpa?. Disponível em: <https://www.psicologiaviva.com.br/blog/sentimento-de-culpa/>. Acesso em 20 ago. 2019.

 

E aí, gostou da matéria? Achou interessante? Curta o post, acompanhe nas redes sociais e compartilhe para seus amigos, familiares ou pessoas que possam se agradar também.

Vamos, juntos, compartilhar e divulgar saúde mental!

4 visualizações

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments


bottom of page