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  • Foto do escritorRita Galindo

AGRESSIVIDADE: OS EFEITOS DA PANDEMIA NOS ALUNOS

Atualizado: 2 de ago. de 2022

Quando o jovem tem em si sentimentos e emoções em desequilíbrio, seu comportamento também estará em desequilíbrio.

Nos últimos meses, tenho me deparado com notícias sobre o aumento da agressividade e raiva em alunos, com frequentes desentendimentos que surgem entre eles ou com o corpo docente nas escolas.


A pandemia despertou alguns sentimentos ruins em todos, o que não exclui as crianças e os adolescentes. Ansiedade, estresse, medo, irritabilidade e tristeza são alguns exemplos de sentimentos que afetam a mente e o emocional do ser humano, especialmente após a pandemia. Como consequência, se estes sentimentos não forem trabalhados e reelaborados, trazem consigo a redução da tolerância às frustrações e o aumento da hostilidade e agressividade.


Assim, quem vive no meio escolar tem percebido que os alunos retornaram mais irritados e agressivos do que os períodos antes do isolamento social. Então, como amenizar e resolver isso? Com maturidade e empatia.



DIÁLOGO E EMPATIA


Com tantas emoções à flor da pele dos jovens, o adulto – seja responsável ou educador – deve ser o intermediador entre emoções e aluno, quando este não lida satisfatoriamente com seus próprios sentimentos. Logo, é exigido do adulto paciência, empatia e diálogo.


Conversar, explicar, dar nome e debater sobre as emoções e os sentimentos fazem parte do aprendizado e desenvolvimento de qualquer pessoa, e devem ser encorajados desde a infância. Por isso, o engajamento de pais, responsáveis e professores é essencial.


Entretanto, o adulto também deve estar ciente daquilo que lhe acontece internamente. Isso porque o adulto à frente do jovem deve ter maturidade emocional e autoconhecimento para auxiliar crianças e adolescentes a gerenciar seus próprios sentimentos e emoções. Quando isso não ocorre, o papel do psicólogo é fundamental, seja para atender tanto o jovem quanto o adulto.



COMPETÊNCIA EMOCIONAL


Um elemento primordial é entender que qualquer relação pode ser afetada pelas emoções. Isto é, o indivíduo pode afetar e/ou ser afetado por suas emoções em qualquer ambiente e se comportar de acordo com essas emoções. Sendo assim, quando o jovem tem em si sentimentos e emoções em desequilíbrio, seu comportamento também estará em desequilíbrio. Ou seja, se o aluno sente medo e raiva, por exemplo, poderá se expressar com irritabilidade e hostilidade. Por esta razão, é importante e necessário ter momentos de conversa e diálogos.


Existem habilidades que auxiliam a pessoa a reconhecer e lidar com suas próprias emoções e sentimentos. Uma dessas habilidades é a competência emocional, que consiste, de acordo com Aparício e colaboradores (2020), na:

  • Capacidade de reconhecer o estado emocional;

  • Possibilidade de experimentar várias emoções;

  • Identificação e diferenciação das emoções em outras pessoas;

  • Capacidade de adaptação e gestão das emoções negativas.


Assim, é extremamente significativo que sentimentos e emoções sejam identificados e entendidos para que não impactem negativamente o cotidiano do indivíduo, especialmente se é criança ou adolescente.


Para isso, é fundamental identificar e nomear as emoções e os sentimentos. Para as crianças, existem materiais lúdicos que auxiliam na compreensão e em como lidar com as emoções; para os adolescentes, conversas e debates em grupo podem ser esclarecedores.


Mas, acima de tudo isso, o exemplo do adulto é o maior de todos os ensinamentos. O adulto que sabe gerenciar suas emoções e ações pode ajudar os mais jovens a habilidade de lidar com seus sentimentos e comportamentos.


 

REFERÊNCIA

APARÍCIO, G. et al. Identificação de emoções e sentimentos: estudo exploratório com alunos do ensino básico. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2020, v. 33. Disponível em: <https://doi.org/10.37689/acta-ape/2020AO0057>. Acesso em: abr. 2022.


 

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Vamos, juntos, compartilhar e divulgar saúde mental!

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