"Entender que não é qualquer pessoa que, de uma hora para outra, decide suicidar-se é o primeiro degrau para desmistificar o assunto".
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O mês de setembro acabou, mas a conscientização da prevenção ao suicídio continua. E você já percebeu que alguns assuntos insistem em ser encarados como tabu, que parecem que não devem ser conversados, debatidos ou abordados? O receio é que quanto mais se falar sobre determinados assuntos, mais as pessoas se sentem instigadas a fazerem aquilo. Abuso sexual na infância, vida sexual dos adolescentes, suicídio…
Este pensamento está ERRADO!!! É preciso falar para entender, compreender e ajudar a si mesmo e as outras pessoas.
O que é suicídio?
Suicídio é o “ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal” (CFM, 2014, p. 9). Ainda é visto com estigma. Por isso, vale ressaltar que, anualmente, o Brasil registra cerca de 12 mil suicídios. Este número ultrapassa a marca de 1 milhão quando abrange o mundo todo. São números gritantes que nos fazem pensar: “Será que os suicidas queriam apenas chamar atenção?”, ou “Será que era só frescura?”. É preciso vencer alguns estereótipos e preconceitos para ver a dor do outro como um verdadeiro sofrimento. Além disso, os jovens têm registrado cada vez mais suicídio, e cerca de 96,8% dos casos de suicídio tinham relação com algum transtorno mental (Fonte: setembroamarelo.com).
Portanto, a ideação suicida
Não é drama Não é frescura Não é para chamar atenção Não é falta de Deus
Entender que não é qualquer pessoa que, de uma hora para outra, decide suicidar-se é o primeiro degrau para desmistificar o assunto. Existem alguns fatores de risco que devem ser, obviamente, observados e tratados com atenção.
Tentativa prévia de suicídio: “é o fator preditivo isolado mais importante. Pacientes que tentaram suicídio previamente têm de 5 a 6 vezes mais chances de tentar suicídio novamente” (CFM, 2014, p. 16) caso as demandas e necessidades internas do indivíduo não sejam devidamente tratadas.
Doença mental: “[…] quase todos os suicidas tinham uma doença mental, muitas vezes não diagnosticada, frequentemente não tratada ou não tratada de forma adequada” (CFM, 2014, p. 16). Dentre os transtornos psiquiátricos mais comuns, destacam-se:
Depressão
Transtorno bipolar
Alcoolismo ou dependência de outras drogas
Transtorno de personalidade
Esquizofrenia
Aspectos psicológicos
Perdas recentes
Pouca resiliência
Personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável
Ter sofrido abuso físico ou sexual na infância
Desesperança, desespero e desamparo
Condição de saúde limitante
Doenças orgânicas incapacitantes
Dor crônica
Doenças neurológicas (epilepsia, Parkinson, Hungtiton)
Trauma medular
Tumores malignos
AIDS
Ainda que não seja uma regra que todas as pessoas que passam por situações como estas irão desenvolver ideação suicida, é importante o cuidado emocional e apoio de pessoas próximas, além da atuação de um profissional da saúde mental, como psiquiatra e psicólogo.
Aqui no site existe uma página de Ajuda Emergente, na qual é possível encontrar contatos para quem está em sofrimento extremo e ideias suicidas.
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Vamos, juntos, compartilhar e divulgar saúde mental!
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